segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

110 mortes de crianças que nasceram dependentes de drogas, em apenas um ano

Os bebês que nascem com dependências de drogas passam as primeiras semanas de suas vidas sofrendo de síndrome de abstinência neonatal, já que estão em retirada da droga. No vídeo, pés de um bebê são vistos tremendo violentamente - o que muitas vezes implica também em choros inconsoláveis e lamentos, contração muscular e respiração ofegante.


Tradução livre por Marise Jalowitzki
14.dezembro.2015


Estas são publicações do Daily Mail e Reuters. Conheça alguns casos de bebês que já nascem dependentes de drogas, devido à mãe estar usando drogas durante a gestação. Resolvi traduzir também o video que segue abaixo, pois esta realidade também está em nosso país, só que completamente oculta!

Agora, a Reuters divulga uma serie de reportagens, contendo várias situações de mães adictas e seus pequenos que já nascem dependentes. Além de expor os casos tristes, a divulgação pretende que a população exija o cumprimento das leis nos EUA, que determinam que exames sejam feitos nos hospitais, que mãe e criança recebam acompanhamento, que o Serviço Social acompanhe e verifique as reais condições de essas mães criarem seu filhotinhos em segurança.

Em nosso país - Brasil - carecemos de fiscalização das políticas públicas, de monitoramento de casos, de divulgação de estatísticas que porventura estejam acontecendo. Saber o quanto hospitais públicos e privados estão efetivamente informando.

Precisamos de mais divulgação, de mais informação, de mais compartilhamentos.

Adicionado em 15.dezembro.2015 - Uma assistente social entrou em contato para informar sobre o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê que filhos de mães usuárias de substâncias psicoativas são monitoradas de perto por assistente social desde o pré-natal (quando o fazem) e na maioria das vezes a mãe nem sai com o bebê do hospital. Quando ganham o bebê o serviço social do hospital entra em contato com o CREAS da região onde a mãe reside e a mãe é encaminhada para tratamento. Um familiar é designado para se responsabilizar pela criança e em caso de não ter um familiar disposto a isto a criança é encaminhada a um abrigo. Em cidades como Porto Alegre, esse é o encaminhamento dado junto à rede."

O que gostaria de ter acesso é o resultado dessas ações, percentuais da população atendida, dados estatísticos nacionais. Com toda a carência que temos na área da saúde...


O caso de Jennifer Lacey Frazier






A filha de Jennifer Lacey Frazier, Jacey, herdou sua dependência de drogas - e viveu as duas primeiras semanas de sua vida passando por tratamento intensivo para retirada. A dependência foi resultado da metadona, analgésico fortíssimo que Frazier tomou durante a gravidez para controlar o vício.
















O bebê Jacey morreu seis meses depois, quando Ms Frazier acidentalmente deu-lhe uma dose letal de metadona. Ms Frazier foi condenada a 15 anos de prisão em 2013, após se declarar culpada de homicídio agravado de uma criança.





EUA moonitoram bebês adictos





Desde 2003, quando o Congresso pediu aos estados para monitorar casos de bebês dependentes de drogas, diagnósticos de síndrome de abstinência neonatal, também conhecida como síndrome de abstinência de drogas em recém-nascidos, este índice têm aumentado acentuadamente.











O caso de Clorissa Jones

Clorissa Jones e seu segundo filho, Braxton


Clorissa Jones era viciada em drogas quando deu à luz seu primeiro filho Jacoby. Ela declarou:
"Eu estava em trabalho de parto, no banheiro, atirando heroína. '

Seu segundo filho, Braxton (foto), nasceu com dependência de drogas





Clorissa já havia perdido a custodia de um filho



A sra. Jones descobriu que estava grávida de sete semanas, depois de perder a custódia de seu primeiro filho Jacoby.

Determinada a não perder a custódia de outra criança, ela entrou em um programa de reabilitação para as mães viciadas, na Universidade Johns Hopkins






Com a inserção da mãe em programa de reabilitação, em breve
o pequeno Braxon terá a companhia do irmão.

Braxton nasceu viciado em metadona, que é o que a Sra Jones estava tomando para ajudar a superar seu vício em heroína. 

O menino está mais saudável agora, mas tem problemas de alimentação. 

Ms Jones manteve custódia dele graças à sua participação no programa de reabilitação - e ela, na continuidade, vai receber também a custódia de Jacoby.





Em muitos casos, apesar da legislação, os hospitais não relatam a condição de um bebê dependente de drogas para o Serviço Social e a criança por vezes morre depois de ser mandada para casa, por não receber atendimento adequado.

Clorissa Jones continuou usando drogas após Jacoby nascer.
Ela acabou perdendo a guarda do menino após bater seu carro em um veículo estacionado, enquanto estava a caminho para comprar drogas - com 22 dias de idade, e Jacoby no banco de trás.
Ela, então, soube que estava de sete semanas de gravidez de seu segundo filho. Para nao perder seu segundo filho, resolveu entrar em um programa de reabilitação. Como ela era uma usuária contumaz de heroína e crack, ficou tomando methadone durante a gestação, como forma de tentar diminuir os efeitos da abstinencia. Este poderoso analgésico, também usado para diminuir a síndrome de abstinencia em viciados, é o responsável pela dependencia de Braxon.



O caso de Reanne Pederson e seu bebê Avery


O pequeno Avery morreu sufocado, durante a amamentação, quando a mãe estava sob efeito


O garotinho Avery, filho de Reanne Pederson, morreu, depois que a mãe, acidentalmente, o sufocou durante a amamentação, pois estava sob efeito de hydrocodone, uma metanfetamina. (¹)





Ela e seu bebê não foram testados para saber se havia uso de drogas.  

"Você fica tão nublado quando está acostumado a usar drogas, quando você é viciado, que você acredita que tudo que você faz está OK, que aquilo que você está fazendo não está errado." - lamenta a mãe Reanne. 

"Um detetive West Fargo entrevistou um médico, que acredita que "os efeitos da hydrocodone seriam substancialmente agravados por ter sido cheirada, o que deixa o usuário sonolento e com tonturas, e dificuldade para respirar." 
"Ter esses efeitos e, em seguida, imediatamente, amamentar um bebê é muito perigoso para a criança ", disse em declaração da polícia.  (...) A mãe Reanne acordou uma hora e meia depois e o bebê, em seus braços, já estava inerte. (ABC7Chicago)

US registraram 110 mortes de bebê adictos somente em 2010. Isto poderia ter sido evitado.

(¹) Di-hidrocodeína ou simplesmente hidrocodona é um opiáceo semi-sintético derivado de dois opiáceos naturais: codeína[1] etebaína[2] . É um narcótico oralmente ativo com propriedades analgésicas e antitússicas. A venda e produção desta droga aumentaram significativamente recentemente pois são utilizadas de forma recreativa ilicitamente.
Contida em medicamentos como: Vicodin, Anexsia, Dicodid, Hycodan (ou genéricamente Hydromet), Hycomine, Lorcet, Lortab, Norco, Novahistex, Hydroco, Tussionex, Vicoprofen, Xodol. Bekadid, Calmodid, Codinovo, Duodin, Kolikodol, Orthoxycol, Mercodinone, Synkonin, Norgan,Hydrokon, Hydrocodon estão normalmente disponíveis como comprimidos, cápsulas ou xarope. (wiki)

A mãe Reanne, dependente química, relata que nenhum exame foi feito neste sentido e que ela e seu filho receberam alta do hospital como se tudo estivesse normal. 



"Uma lei federal dos EUA que já conta com 12 anos, insta os Estados a tomarem medidas para proteger os bebês depois de deixar o hospital. Esse esforço está a falhar em toda a nação, pondo em perigo uma geração de crianças nascidas na crescente dependência da América à heroína e opiáceos." (Reuters)

Programas assim como o da Johns Hopckins são escassos e, segundo o ex-deputado Jim Greenwood, um republicano da Pensilvânia, autor do disposto na lei federal 2003: "O fato de que a mãe está em tratamento é uma coisa boa. Mas isso não prova que ela tenha um lugar seguro para oferecer a seu filho. Isso não prova que ela sabe como ser mãe, como proteger seu bebê... E isso é tudo que o bebê precisa." - (DailyMail)



E nós, aqui no Brasil, precisamos de legisladores que efetivamente se preocupem com o bem estar de um bebê, que lutem por aprovação de políticas públicas de assistencia, tratamento, monitoramento, acompanhamento. Gente, como estamos distantes disso em nosso país! E, lamentavelmente, somos uma nação consumidora em potencial de drogas - lícitas ou ilícitas!!



Link do video: ESTES BEBÊS NASCERAM ADICTOS - DEPENDENTES QUÍMICOS
https://www.youtube.com/watch?v=tk2hOYUpKVI
Tradução livre do video que está a seguir:





"Este bebê está se sacudindo incontrolavelmente / devido a uma droga que causou dependencia. / 
A mãe do bebê usava opiáceos durante a gestação. / 
"Está em crise. Vivemos uma epidemia." - declara a médica Lauren Jansson, pediatra. "As crises opióides estão continuamente se expandindo esponencialmente em nosso país! E nós veremos mais e mais dessas crianças!" 

Nos útlimos dez anos, cerca de 130 mil bebês adictos nasceram nos EUA/ 

O bebê Braxton nasceu viciado por methadone./ 

(A methadone, citada no video, que deixou adicto o pequeno Braxton, é Shedulle II - grau de dependencia II, como a ritalina). 


"Metadona, também conhecida como Dolophine entre outros nomes, é um sintético opióide. Ele é usado como uma medicação para a dor e-ou uma terapia d e manutenção em pessoas com dependência de opiáceos. A metadona é também utilizada na gestão grave da dor crônica, incluindo a dor oncológica, devido à sua longa duração de ação e forte efeito analgésico.(wiki)

/ Seu irmão mais velho, Jacoby, nasceu adicto por heroína. / A mãe, chorando, declara: "Eu estava já em trabalho de parto e pegando um 'tiro' de heroína, pouco antes de dar à luz ao meu bebê!"  

A lei americana exige que hospitais informem ao Serviço Social sobre bebês que nascem com dependência de drogas, mas, apesar da lei, muitas vezes isto não acontece! 

"O fato de um bebê nascer dependente de drogas deve ser vsto como um alarme, uma grande luz vermelha piscando, que diz: Alerta! Perigo! Vamos todos dar uma olhada nesta criança, nesta mamãe, nesta família, em sua residencia e ver se apresenta segurança! " - conclama o ex-congressista James Greenwood. 


O garotinho Avery, filho de Reanne Pederson, morreu, depois que ela, acidentalmente, o sufocou. Ela e seu bebê não foram testados para saber se havia uso de drogas.  

"Você fica tão nublado quando está acostumado a usar drogas, quando você é viciado, que você acredita que tudo que você faz está OK, que aquilo que você está fazendo não está errado." - lamenta a mãe Reanne. 

US registraram 110 mortes de bebê adictos somente em 2010. Isto poderia ter sido evitado.


Os casos não param de ser denunciados, no afã de que as autoridades exijam que os hospitais cumpram a lei e assegurem mais atenção e tratamento AO BEBÊ!!



ÚLTIMO DIA: Angelica Richardson McKenney alimenta sua filha Lynndaya em dezembro de 2012. A foto foi tirada no dia anterior McKenney, no alto de um trio de drogas, adormeceu em cima de Lynndaya e a sufocou. REUTERS / Handout


Mesmo sendo lei nos EUA, de os hospitais informar o Serviço Social sempre que acontecer de um bebê nascer adicto, na maioria das vezes isto não acontece! Imagina aqui, que nem leis deste teor temos!!

Imagens e mensagens importantes para conscientizar pais, em especial as mamães que usam drogas e que, muitas vezes, não tem noção de que estão gerando fillhos adictos, dependentes.
Muito triste e verdadeiro.





Em nosso país, o Brasil, infelizmente se fala bem pouco nisso.
O que é divulgado são cenas deprimentes das cracolândias, últimos estágios na degradação humana. Mas bem sabemos que não são apenas os integrantes desta parte da população que são usuários de drogas!!!

Precisamos urgente de programas sociais efetivos, contingente, ação, fiscalização e divulgação, pois são casos onde, muitas vezes, o individuo já não tem controle (embora tudo que ele declare, autoritariamente, seja: "Não dá nada! Paro quando eu quiser!"

E, enquanto os congressistas ocupam seu tempo em escândalos intermináveis, precisamos de muita, muita ação, para que haja um maior cuidado dentro dos lares, promoção de palestras, envidar esforços para que os familiares não deixem acontecer, por mais 'chatos' que sejam tachados!

As consequencias, como pode ser visto no video, estrapolam a autodestruição!

Tratamentos para toda a vida para os que sobrevivem! E, para os que morrem, nada mais que a dor dos pais.


POR UM MUNDO SEM DROGAS!!!


 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br


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