quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Bullying - Menino de 12 anos é espancado até a morte em escola

Eduardo Cordeiro morreu após ser espancado na escola. Foto: Divulgação-Arquivo Pessoal


Por Marise Jalowitzki
31.agosto.2016
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/08/bullying-menino-de-12-anos-e-espancado.html

Este pobre menino já havia alertado os responsáveis que não queria mais ir à escola! Já havia levado uma surra de colegas pouco tempo atrás!! COMO todos os adultos envolvidos deixaram este pobre garoto sozinho pra lidar com um mundo cruel, desumano e omisso?
Como isto aconteceu nos pátios da escola?
Se não foi a primeira vez, quais as ações preventivas da instituição para inibir tais práticas?
E a diretora, ao 'receber' o menino todo batido, como não chamou a ambulância no mesmo instante, já que o caso era de emergência, esperando pela chegada dos familiares?

POR FAVOR, SOCIEDADE DOENTE, LEVE A SÉRIO O QUE DIZEM SUAS CRIANÇAS!!
É disso que falo sempre: mais escuta, mais diálogo, mais ação efetiva!! Pais, cuidadores, responsáveis pela criança, ESCUTEM SUAS CRIANÇAS! Se eles falam que não querem mais ir à aula, vejam as razões! Sabendo das razões, como no caso deste pobre garoto, não sejam omissos!! Façam alguma coisa!! Interfiram junto à Escola, procurem a Delegacia ENQUANTO ELE ESTÁ VIVO, não julguem que é brincadeira, 'coisa de moleque', 'preguiça de estudar', 'falta de interesse'!!!

Agora, a ida à Delegacia aconteceu, para pedir 'providencias' e investigar as causas da morte! Aqui não estou 'atirando pedras' em ninguém dos que deixaram o menino à deriva, mais uma vez uma criança pediu socorro e não recebeu!
Falharam os cuidadores em não retirar o menino da área de risco (quem sabe até acompanhá-lo às aulas), depois da primeira surra. Tragedia anunciada! É sabido que, após uma investida "de sucesso", onde "não dá nada", os agressores voltam a atacar a vítima escolhida!!!
Falhou a escola que não tem política anti bullying eficiente.
Falharam os pais dessas crianças agressoras e criminosas - pais que, mais uma vez, ficarão impunes - pois, sim, é dentro dos lares que nascem os exemplos e perpetuação da violência. Mesmo que um lar não seja considerado 'violento', um pai que usa centenas de palavrões ultra ofensivos ao assistir um único jogo de futebol PELA TV, que exemplo está dando? Fora todos os xingamentos do dia a dia no trânsito, a vizinhos, etc. e etc. ...
Falhamos nós, que nos abstemos de comentar e divulgar fatos como este, que não tomamos atitudes DIÁRIAS para inibir esta criminosa prática! Sim, pois são ações pequenas, cotidianas, que inibem socialmente e mostram uma visão pacífica de vida.
Por menos violência, por mais Amor!!

E que este pobre menino possa ter uma vidinha mais amena e amorosa em outro Plano! Amém!

POLÍCIA INVESTIGA MORTE DE MENINO DE 12 ANOS ESPANCADO EM COLÉGIO NO PA

31/08/2016 10h28 - Atualizado em 31/08/2016 10h59

Criança estava desmaiada e com hematomas quando família o encontrou.
Parentes afirmam que menino sofria bullying e que escola foi omissa.

Do G1 PA
A Polícia Civil investiga nesta quarta-feira (31) o caso do menino Eduardo Souza Cordeiro, 12 anos, que morreu durante esta madrugada no Pronto Socorro Municipal Mario Pinotti, em Belém. A família afirma que a criança foi espancada dentro da Escola Estadual Santo Afonso, no bairro do Telégrafo, e não resistiu.
“Ele ficou muito machucado, foi muito violento, sem explicação”, conta Natália Leal, prima da vítima. O G1 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para saber se alguma providência será tomada no colégio, mas ainda não recebeu resposta.
Eduardo morava com a avó e uma tia. Segundo familiares, na tarde de terça-feira (30) o menino foi para a escola, onde estudava no turno da tarde. No final da tarde, a família foi avisada por um vizinho que Eduardo havia sido espancado.
“Quando meu sobrinho chegou, ele [Eduardo] estava todo batido, na sala da diretora. Ela não deu nenhuma explicação. Meu irmão acha que deram pauladas nele. Chegamos a levar ele pra casa, mas ele tinha muitos hematomas, ficou roxo. Levamos pro Pronto Socorro, fizeram exames, tentaram reanimar. Umas três horas [da madrugada] ele teve cinco paradas cardíacas e morreu às 4h”, afirma Rosilene Leal, tia da vítima.
Bullying
A tia conta ainda que Eduardo vinha sofrendo bullying e que a família já havia procurado a escola por causa do problema. “Ele era um menino diferente, branquinho, franzino. Ele tinha medo de falar. No mês de junho, um moleque deu uma surra nele”, diz ainda a tia.
“Ele estava com uma rejeição e ir pra escola. Minha mãe, minha avó já tinham ido lá. Ele falou que não queria mais ir pra aula”, lembra a prima de Eduardo.
A família registrou um boletim de ocorrência no posto policial do hospital. Os parentes querem explicações sobre o que aconteceu com Eduardo na escola.
“Como a escola é uma área fechada, por que nenhuma servente, uma secretária, ninguém viu esses moleques? Por que não nos avisaram o que tinha acontecido?”, questiona a tia da vítima.
O corpo de Eduardo de Souza Cordeiro foi levado parao Instituto Médico Legal e passa por perícia na manhã desta quarta-feira (31). O velório do menino será na casa da família, na rodovia Arthur Bernardes, em Belém.
Fonte: G1 PA
Não precisamos apagar a luz do próximo para que a nossa brilhe - Gandhi

Nota de Marise: Caso simples onde evitei uma briga
O porque desta frase do Gandhi diz diretamente daquilo que se tem falado sempre: que o agressor-valentão não passa de um carente querendo se afirmar. Só que os danos que ele causa são, como neste caso do pequeno Eduardo, irreversíveis!
Assim, tenha você em casa um pequeno inibido ou destemido, preste atenção, dê bons conselhos, não deixe que fatalidades tenham de acontecer para você se sacudir e tomar uma providencia, nem sempre a mais indicada, já que lida apenas com as consequencias. AJA PREVENTIVAMENTE! 
Que mais este triste fato sirva de motivação para ações efetivas por parte de TODOS os cidadão do Bem. Para que se inibam os atos violentos sempre, sempre, sempre. Políticas de prevenção, políticas cotidianas, repassando mensagens e filosofias de não-violência, são estas as ações que podem formatar uma sociedade compassiva e solidária com as diferenças!!
Deixo uma pequena ação que resultou em não-violência, e onde fui protagonista instantânea, noutro dia.
Eu voltava pra casa e uma garota estava insultando um menino. Estavam entre quatro. Ele estava respondendo educadamente, apesar de já meio irritado. Aí, ela veio com o clássico: 
"-Tu não é homem pra isso!" Ele envermelhou, cerrou os punhos e disse: 
"- Repete! Repete!", se aproximando dela. Ela ainda encarou:
"- Foi isso que tu ouviu!"
Naquele momento, eu, que vinha na direção de todos, continuei meu passo no mesmo ritmo e disse, em tom mais baixo que o deles, mas plenamente audível:
"- Deixa passar! Não vale a pena!" - e continuei andando. O outro rapazote, pouco adiante, ouviu e mesma frase, que repeti, sorrindo, pra ele. Ele sorriu também, meio se divertindo com tudo que estava acontecendo. O garoto agredido-com-palavras-e-quase-se-tornando-um-agressor-físico, pareceu sair do transe (sim, o transe da ira) ao escutar-registrar-na-mente a minha frase. Meio demonstrando surpresa, voltou-se rapidamente em minha direção (que já estava passando) e viu o amigo sorrindo. O que ele respondeu?
"- É mesmo, não vale a pena!" ´e saiu andando, indo embora com o amigo!


Querendo, leia também:




Quando os problemas surgem em família envolvendo o comportamento do filho...


Assim, famílias que costumam: "Utilizar apelidos pejorativos e xingamentos nos momentos de raiva" Devem tentar hábitos mais positivos como: "Expressar raiva sem usar palavras que possam ferir, humilhar ou rotular". (pág 174 - Livro TDAH Crianças que Desafiam)




O que é ser 'diferente'? Posso resumir em uma única palavra: sensibilidade



TDAH e Lei Anti-Bullying
Pais precisam se posicionar para coibir esta prática! Sim, a revolta não pode paralisar! Tem de levar a uma ação efetiva! LEI Nº 13.185, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2015




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente
Escritora, Educadora, blogueiro e colunista
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
Por uma infância sempre mais saudável!



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