segunda-feira, 12 de setembro de 2016

TDAH - Alienação Parental - Guarda Compartilhada - O que você pensa disto





Por Marise Jalowitzki
12.setembro.2016
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/09/tdah-alienacao-parental-guarda.html

Este tema, da guarda compartilhada, vem gerando muita polêmica, especialmente entre os pais (ex-casal( envolvidos. Confesso que também não tenho opinião definida e creio que devemos conversar mais sobre isto.
Ao mesmo tempo que há unanimidade quanto ao filho conviver o mais possível com pai e mãe, também surgem várias dúvidas em relação à quantidade de dias, o fato de a criança possuir dois domicílios e a consequente mudança de rotina e hábitos. E mais: como geralmente a separação do casal vem acompanhada de ressentimentos e menosvalia, uma das partes procura "compensar" o afastamento-ruptura, concedendo (ou privando) o(a) filho(a) de direitos seus, incluindo a educação correta.

São inúmeros os casos, todos envolvidos em conflitos,  sem que nenhum traz embutido o parecer da criança. Dificlmente a vontade expressa pelo menor é considerada. Mais uma vez, são os adultos que decidem sobre a pequena vida em desenvolvimento - e, lógico, não poderia ser de outra forma - só que a opinião dos pequenos deveria ser melhor avaliada e levada em consideração! Os conflitos e as frequentes contendas advindas da separação - praticamente nunca pacífica - já deixam, por si só, a situação bastante instável. Então, porque não arriscar uma solução, levando em conta o que quer a criança?
No caso do menino Bernardo, por exemplo, ele estava extremamente desconfortável na companhia da madrasta e do pai, queria ser "adotado" por uma vizinha, para poder ficar perto dos colegas-amigos, ou queria ir morar com a avó, em outra cidade. O garoto compareceu mais de uma vez, sozinho, no Conselho Tutelar e pedia para ter o domicílio e a guarda transferidos. Nenhuma atenção foi dada ao pequeno, que acabou sendo assassinado - ao que tudo indica - pela madrasta e amiga, com possível anuência e conhecimento do pai.
No caso do garotinho que a mãe enviou ao pai, do nordeste ao Rio, após a separação destes, ele era espancado todos os dias pelo pai (que julgava o menino gay e queria "torná-lo homem"...). O caso culminou com a morte do pequeno, de 8 anos, devido ao excesso de socos na barriga que o pai lhe desferiu. Ele pedia para ser devolvido para a mãe, mas nenhuma autoridade interveio, apesar das denúncias dos vizinhos, sobre as agressões.

E, assim, poderia enumerar incontáveis fatos que terminaram de forma trágica, seja pela morte da criança, seja pela agressão ou morte a um dos cônjuges, geralmente a mulher. Ressentimentos, sentimento de perda, humilhações, brigas públicas, desavenças de todo tipo, clima que em nada ajuda à criança e ao seu direito de ter um desenvolvimento sadio.

Nestas duas últimas semanas recebi dois casos específicos sobre guarda compartlhada.



Pai bonzinho, mãe bruxa má
Em um deles, a mãe, bastante desanimada, relata do quanto o pai "joga contra" a tudo que ela promove em prol do garoto que apresenta déficit de atenção com agressividade-hiperatividade. Ela, em casa (em novo relacionamento), apresenta uma rotina disciplinada, fez o Plano de Acordos - Tarefas, Perdas e Recompensas. Usa florais, pratica massagens, limita tempo de internet. Nos 15 dias que o menino mora na nova residencia do pai - que também está em outro relacionamento - fica tudo liberado (internet, games), o pai não administra os florais, não exige o cumprimento das tarefas, concede tudo que a criança quer, até mesmo como uma forma de "ficar melhor na foto" que a mãe. Claro que, ao regressar para a casa da mãe, o menino não quer voltar à rotina disciplinada e a mãe passa a ser considerada a bruxa má. A mãe está tentando ficar com a guarda integral e vai depender do juiz esta decisão.
Como fica a criança?
Que senso de pertencimento ela tem?
Qual casa acredita efetivamente ser a sua?
Problemas sérios, e nem terapia psicológica a criança tem!



Mãe tentando resolver questões com medicação tarja preta, pai contrário = conflitos
O outro caso específico, foi o recebimento de uma mensagem bastante desesperada de um pai, em idênticas condições que o relato anterior, só que ele acusa a mãe de negligência e supermedicalização. Ele - pai - está percebendo já as reações dos psicotrópicos usados no menino - em seu parecer, desnecessários - e sente-se impotente frente à situação. O garoto já está com sobrepeso e com os mamilos proeminentes e nenhuma atração fisica demonstrada, típicos efeitos colaterais de alguns psicofármacos - no caso dele, a Risperidona). O pai está com 37 laudas denunciativas para enviar ao Ministerio Público, para receber a guarda integral do garoto. Enviou-me todas as 37 páginas de denúncias e acusações graves, só que, pelo caráter ressentido contido no texto, conforme o juiz que irá apreciar o caso, vai passar apenas a impressão de "marido traído e despeitado"... muitas acusações! E, mesmo o menino tendo solicitado, chorando, que não quer mais voltar para a casa da mãe e do padrasto, até agora, nenhuma das instâncias atendeu ao apelo do garoto.
 "Ainda não dei meu parecer ao pai, pois é bem complexo! ao mesmo tempo em que ele está com toda a razão na questão do diagnóstico (a criança já mostrou que é capaz), os conflitos acontecem também em relação ao padrasto, percebo uma acirrada competição dele em relação a toda a situação. Fica bem difícil, mas vou ser muito sincera!)

O que fazer?


NO RJ há um Projeto BEM ME QUER que orienta os pais, ministra palestras, procura mostrar a vulnerabilidade infantil. Muito bom! Deixo o link, enviado pela amiga Ana Beatriz Lopes Coelho -
 http://www.tjrj.jus.br/web/guest/institucional/projetosespeciais/bemquemequer
Gratidão, Ana!
"Estamos aqui para colaborar por um Mundo Melhor! As palestras são muito boas, há vídeos, explicações e no fim una roda de bate papo,pra tirar dúvidas, expor seu problema !!!!!"

Querendo, leia também:





Por Marise Jalowitzki
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/05/bullying-parental-violencia-domestica.html







Creio que este é um tema pouco abordado:
O quanto as crianças "sob tratamento"
são alvo fácil para descalabros!

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Por Marise Jalowitzki
08.junho.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/06/agressoes-e-abusos-ele-ta-mentindo-ele.html









Aprovada a Lei Menino Bernardo ou Lei da Palmada - Castigos Físicos
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Todos temos necessidade de sermos
aceitos. As redes sociais são utilizadas
também como terapia, para aumentar
a auto estima, diminuir o medo de
contatar com alguém, mostrar a sua cara. 
Adolescência e Irreverência

Por Marise Jalowitzki
30.maio.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/05/vivendo-era-da-empatia.html











Caso seu filhote já esteja na medicação continuada dos medicamentos controlados, e você esteja querendo parar, não suspenda por conta própria. Leia este lembrete:



 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista.Especialista em Desenvolvimento Humano, defensora de uma infância saudável, antimedicalização. Escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 
blogs:
www.compromissoconsciente.blogspot.com.br


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Déficit de Atenção e Hiperatividade








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