segunda-feira, 29 de maio de 2017

Professor usa de agressão com aluno tdah e disléxico em sala. O que a mãe pode fazer?

uma mãe comenta: Marise bom dia! Me socorre!!! Primeiramente gostaria de saber quais os direito do portador de TDAH e dislexia severa,perante a escola. Meu filho de 13 anos,relatou a min q seu professor de educ. fisica tentanto repreender pq estava falando muito auto na sala. Colocou seu braço pra trás,e entortou seu pulso,perguntando se ele ainda ia continuar conversando..
Recorri à direçao da escola,e elas quiseram insinuar q ele estava criando e q o problema dele n era o transtorno e sim indisciplina. E quiseram deixar bem claro q a unica ajuda q ele tinha direito era o AE, nem um outro mais. Amanhã irei na escola novamente, para ouvir a versao do professor. O q eu devo fazer? Como devo me posicionar enquanto a escola,e quais direito do meu filho??? Me ajude!
O que respondi:
Em primeiro lugar, tenta ouvir o que o professor tem a dizer e escuta os fatos sem esboçar nenhuma reação (cara de paisagem). Depois, sente com o coração como cai o que ele te diz.
Não há como negar que a situação fugiu do controle e que ambos foram além do que se pode esperar de jeitos de ser e tratar em público (no caso, sala de aula). A partir dali podem criar uma parceria importante, caso sinta que o professor realmente se importe com o bem estar de teu fihote adolescente. A saia justa que um professor enfrenta em sala não é mole!
E de teu filhote, no fervor hormonal da adolescência, também. Caso sentires que é apenas uma conversa de um lado só (ou seja, só o teu filho é o responsável por todo o ocorrido), não tendo apoio junto à orientadora pedagógica e direção da escola, a próxima instância de ajuda é a Secretaria de Educação. Caso não receba a atenção devida, Conselho Tutelar (sim, os pais também podem procurar para apoio!). Há muita coisa a considerar:
- há quanto tempo ele está nesta escola? série?
- como tem sido o relacionamento até agora?
- ele tem diagnóstico fechado? quem avaliou?
- o que vocês conversam em casa sobre a situação como um todo?
- o que ele pensa a respeito do que vai acontecer?
Importante situação para estabelecer acordos, de ambos os lados. Caso a escola já esteja 'decidida' a considerar o caso como um 'problema', talvez seja melhor repensar a permanência dele lá. Pela lei, caso o diagnóstico dele seja grave-severo, há que pleitear a questão do acompanhamento pelo monitor. A lei garante, mas, neste nosso país imenso, quem inspeciona e vigia? A Sala de Recursos (AEE) costuma ser um paliativo. ~
O que não dá é a 'contenção', isto é, segurar o braço e torcer. Aí, se foi assim mesmo, o professor 'perdeu a mão', ou seja, o controle. E repensar sua permanência nesta escola. Agressão - física ou emocional - NUNCA, com ou sem diagnóstico! Caso não resolver, pensa inclusive em processar. Contrata um advogado para enquadrar no ECAQ - Estatuto da Criança e Adolescente. Por isso é tão importante que escutes a versão do professor também, preferencialmente, com teu garoto junto. Conversa, antes da reunião, também com teu menino e mostra pra ele todas estas alternativas. A importância do respeito mútuo, em ambos. E que este incidente serve para todos aprender mais sobre convívio social. Daqui, envio boas vibrações. Calma, mamãe, respira fundo e vai firme! Abs Marise Jalowitzki
Querendo, leia:

 Lei específica para tdah não há. Depende do juiz que analisa a situação. O Decreto nº 3.298 de 24 de outubro de 1999 menciona o que seja deficiencia (tema controverso...). Muitas vezes, as mães, no afã de diminuir seu stress e aliviar a pressão sobre a família e, especialmente, sobre os filhos, anseiam por um "enquadramento"... quando a pressão deveria ser direcionada para a sociedade e, em especial, para a escola, para que mude suas metodologias e formas de avaliar!!!
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/01/existe-algum-beneficio-social-para.html



"Lembre-se que ninguém escolhe ter sintomas de inadequação ao meio onde vive." (Livro TDAH Crianças que Desafiam - pág. 94)


http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/10/tdah-adolescencia-e-o-nao-quero-pais.html

Sobre a autora
 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Especialista em Desenvolvimento Humano. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Póa-graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 
blogs:
www.marisejalowitzki.blogspot.com.br

LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM

Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade






Todos temos necessidade de sermos
aceitos. As redes sociais são utilizadas
também como terapia, para aumentar
a auto estima, diminuir o medo de
contatar com alguém, mostrar a sua cara. 
Adolescência e Irreverência

Por Marise Jalowitzki

http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/05/vivendo-era-da-empatia.html






















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