quarta-feira, 13 de abril de 2016

Síndrome de Irlen - Como motivei meu filho para a Vida - Relato de Mãe


E assim, ele tem mantido o foco, melhorado na leitura, entendendo a matemática e ganhado a autoconfiança que faltava pra que ele percebesse que é capaz, mesmo com as limitações que a Síndrome de Irlen, traz. 

Mais um relato emocionante de uma mãe que, com Amor e Dedicação, integra seu filho, com total pertinência!


Depoimento de Cristiane Leporace
14.abril.2016
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/04/sindrome-de-irlen-como-motivei-meu.html


Meu Amor ele sempre teve. Na escola, os desafios começaram cedo, abalando a estrutura emocional de meu querido filho Guilherme.
Quando o laudo ficou pronto, eu tinha duas opções: me deixar ser conduzida por aquele turbilhão de emoções ou lutar para conseguir tratamento para ele, sem medicação. Foram muitas batalhas e muitas lágrimas derramadas, claro, eu não sou de ferro. Chorei várias noites abraçada ao travesseiro, busquei apoio aqui, em outros grupos que comecei a fazer parte, porque apesar de eu não ter apoio da família, encontrei aqui e nos outros grupos, pessoas dispostas a me ler/ouvir e muitos conselhos, indicações e minha gratidão por isso. Quem disse, que nas redes sociais, não encontramos solidariedade, né?
Depois de oito meses de luta, minha recompensa foi ouvir da professora do meu filho, que ele melhorou muito e a cura foi encontrada bem ali, na minha cozinha, no meu mundo, na minha profissão. Parei de trabalhar nao restaurante para ficar mais tempo com ele e foi justamente nesta convivência que meu pequeno, me observando, pediu para também começar a mexer nas massas. E começou a criar.






Até agora estou pasma com a sabedoria, o cuidado, a dedicação em escolher cada detalhe.



Hoje, o Gui tem a página dele no facebook, incentiva outros pais a apostar em seus filhos, motiva outras crianças para que também encontrem algo que realmente os interessa e se aprofundem nisso. Recebe encomendas, se mantém focado e leva a confeitaria muito a sério. Eu não quero que ele seja o melhor aluno da sala ou que saiba tabuada na ponta da língua, eu quero que ele "entenda" como 2 X 3 é igual a seis, usando as formas de brigadeiro ou fazendo pizza e dividindo-a em oito pedaços e quanto cada um de casa irá comer. 

foco e concentração em alta




E assim, ele tem mantido o foco, melhorado na leitura, entendendo a matemática e ganhado a autoconfiança que faltava pra que ele percebesse que é capaz, mesmo com as limitações que a Síndrome de Irlen, traz. 


Ou seja, ele está aprendendo os conteúdos escolares de uma forma lúdica, prática. Aprendizado pra toda vida! 
Para poder haver os progressos atuais, foi fundamental ter uma equipe multidisciplinar e eu tive que abrir mão de trabalhar no restaurante, trabalhar diretamente de casa, mas não me arrependo, porque aí trabalhar em casa, foi o que proporcionou a curiosidade do Gui e foi onde a solução apareceu. Os desafios ainda existem, mas as soluções também.
   



Planejamento, disciplina, criação na elaboração dos produtos. O pequeno mestre nota dez!


ESCOLA
Tenho buscado parcerias na escola, tenho também lido muito e aprendido a lidar inclusive com as barreiras junto ao convênio. Como eu tenho ensinado pro Gui, cada um tem uma habilidade específica. Eu não quero que meu filho seja um produto em série, eu quero que ele seja o ser único, individual, com os "defeitos especiais", que ele tem. Eu quero que ele tenha senso crítico e pense por ele mesmo. Quero que ele tenha o caráter formado, sabendo que, cada escolha que ele fizer, terá consequência. Por isso, não quero que ele seja mais um número no "status quo" que a nossa educação desatualizada diz que está certo! Será? ! 

Eu, enquanto professora e estudante de pedagogia, sempre visualizei uma educação preocupada em despertar uma consciência como um todo em nossas crianças, ensinando-as a pensar. O que ensinam hoje é que se você não for o melhor, você não pode ser inserido na lista top de linha, te ensinam a ser egoísta, a competir com o seu melhor amigo, te ensinam é te formatam nos moldes dessa sociedade elitista, onde o diferente sofre bullying , é discriminado, marginalizado. Eu remo contra tudo isso aí, porque eu quero que meu filho cresça e sabendo que é especial por ser diferente e que com ele, tem vários especiais e que o legal, é ser diferente, muito melhor do que ser igual.


INTERAÇÃO MÃE-FILHO
Sim, acredito que a alma do meu filho me escolheu pra ser mãe dele, acredito que somos almas antigas que se conhecem de outras vidas e Deus me deu esse presente maravilhoso que é o Guilherme.

 O trabalho de mini chef tem ajudado emeu filho na concentração e ele evoluiu muito, usa a criatividade e ajuda a incentivá-lo nos sonhos e ideias dele. Na páscoa agora,  fez o proprio ovo e fez brigadeiros de páscoa e vendeu tudinho.



Brigadeiros de Páscoa, feitos pelo querido mini chef


POSICIONAMENTO PATERNO
O pai mora no exterior e acredita que tenho de 'apertá-lo' mais nos estudos. Meu pequeno tem se esforçado, e tem alcançado, não com as melhores notas, mas tem alcançado!  


Meu pequeno alcançou a autoconfinaça e a autoestima através da iniciativa dele de ir comigo pra cozinha o ajudou a encontrar o foco e a melhorar a concentração.
Neste momento, porém, por causa disto, estou passando por uma fase complicada, para que o pai dele aceite e entenda que foi por escolha própria do menino, ele decidiu fazer do que começou como uma simples brincadeira, uma "profissão".

Ele tem inspirado amigos meus, tendo fãs que o admiram, pessoas que estão apoiando e compram a idéia do Gui. Agora na páscoa o Gui vendeu os brigadeiros gourmets, para o novo projeto dele, que agora é comprar um tablet, já que no último ele comprou o tão sonhado PS3 dele, com a venda dos biscoitos e cupcakes. Isso não atrapalhou sua rotina e nem diminuiu suas notas. Aliás, por causa de uma série de fatores, eu decidi juntamente com o corpo multidisciplinar que o Gui fizesse novamente a terceira série, já que 2015 foi bastante conturbado.

REPETÊNCIA
Neste ano 2015/2016,, eu, como mãe, optei por deixá-lo na mesma série, para reforçar bem o aprendizado. 
A educação, que se diz "inclusiva", não está tão preparada assim, para uma legião de crianças especiais e incríveis. É preciso olhar para a fronteira além do conhecimento, com uma lupa que capta um outro universo paralelo na educação, nos dons . Na capacidade de aprender matemática e português mais lúdica, menos teórico, mais prático.
É preciso usar a lupa da sensibilidade intuitiva, para ver o que nossos filhos realmente são e precisam. E ajudá-los nesse processo estranho e confuso que "eles demoram a entender", do que infelizmente acham que é educação hoje em dia.
É preciso saber perder para ganhar. 
Atendendo um pedido meu, o Gui esse ano, vai ficar retido na escola, E apesar dos protestos que eu escutei, vou seguir minha intuição e eu sei que eu estou fazendo o melhor por ele. Eu quero que ele faça da forma correta e aprenda novamente, o que foi ensinado para ele é por causa da demora em obter o laudo e mudança de escola, ele ficou perdido e pegou o "bonde andando".
Não tenho pressa, como eu já havia dito, não quero que ele seja o melhor aluno. Quero que ele se sinta seguro, que ele entenda o significado do que ele está aprendendo e que ele alcance no tempo dele, as metas, uma a uma. E que ele desenvolva as habilidades tão lindas que ele já tem, na gastronomia e na música. Eu desejo que ele seja feliz. Ele entendeu bem, tudo foi combinado com muita conversa, sem traumas.

Será que os educadores possuem sensibilidade para perceber os avanços? Ou somente se atêm às "notas nas provas"?
MUDANÇAS QUE PRECISAM ACONTECER NA EDUCAÇÃO FORMAL
Não acredito numa educação formatada e na qual é preciso rever várias coisas, como incentivar a criatividade e trabalhar as habilidades das crianças como outras escolas no mundo fazem. Não acho que crianças de 7,8,9 anos tem que ter tantas matérias, nas quais elas não conseguem absorver nem 20% de cada uma delas (minha visão como ex professora). As crianças-alunos estudam naquele momento para fazer a prova, mas pergunte de novo dali a três meses pra ver se elas vão se lembrar do que estudaram pra prova. 

APOSTA 
Acredito que podemos trabalhar questões como cidadania, civilidade, coletividade, solidariedade, auto estima, trabalho em equipe, educação financeira, de maneira prática e efetiva. Aprimorando as habilidades que cada um têm, como música, artes, desenho, culinária, teatro e tantas outras coisas que nem sempre são incentivadas de modo mais diário. 
O que vejo é sempre muita competitividade, muita informação e que muitos de nós sabemos que lá na frente, nem sequer usaremos. Uma coisa e outra, talvez. 
Mas o que quero dizer com tudo isso? Quero dizer que acredito que cada um aprende de um jeito diferente e que se cuidamos muito mais da inteligência emocional, escutarmos nossos filhos, incentivarmos seus sonhos e idéias, eles conseguirão dar muito mais resultados. Enquanto parte dos membros do meu filho querem saber de resultados aqui e agora, eu quero cuidar das emoções e da autoconfiança dele, dele alcançar, através do que ele já vem fazendo, o sucesso pra conseguir superar as dificuldades dele. Meu filho continua sendo bem assistido por profissionais especializados e está feliz!














Cristiane é de Brasília 






Querida Cristiane!
Parabéns em todas as tuas iniciativas!
Os valores que incentivas em teu filho são os verdadeiros, são os que o mundão precisa! As "melhores" notas nunca garantiram sucesso profissional, por mais paradoxal que pareça. Há, inclusive, pesquisas nos EUA, onde foram investigados 300 alunos "nota dez", que saíram da universidade como primeiro lugar. Vinte anos depois de formados, foram contatados para trazer de seu êxito profissional e seu grau de felicidade. O resultado foi assustador! 20% deles, sim, apenas 20%, tinham alcançado sucesso financeiro e nem 5% diziam estar felizes com o trabalho desempenhado. 
Sucesso está atrelado com satisfação, com motivação. Nós, como adultos, sabemos disso! Nã deixa morrer a satisfaçã, o prazer de realizar que está impulsionando teu filhote. 

O que mobiliza este teu pequeno gênio confeiteiro é esta atividade onde ele se encontra, onde ele encontra prazer em realizar, onde vê sentido, princípio, meio e fim! Se ele [re}começar a se sentir pressionado, vai tudo por água abaixo! 
Daqui, fico enviando as melhores vibrações!! Daqui, ficamos torcendo sempre!


Livro TDAH Crianças que Desafiam - págs14 e 15: 
"Muitas crianças de hoje possuem, consciente ou subconscientemente, a noção clara de que o mundo que lhes é oferecido está cheio de graves incoerências e suas respostas a tudo isso se refletem em desatenção, em evasão, em tentar levar os outros para brincadeiras, tornando-se inconvenientes, desviando o foco da “chatice”, em casa ou em sala de aula, em uma situação de ensino que não lhes chama a atenção, onde não encontram significado nem utilidade. Apropriar-se do conhecimento para que, se não enxergam onde e como utilizá-lo? Sequer o assimilam!  Desde sempre coisas desse teor já foram ditas e sentidas, só que se antes, em alguns casos, as instituições conseguiam abafar os mais irreverentes pela palmatória e outros castigos e exposições humilhantes, agora, com a legislação considerando a agressão infantil como crime (felizmente!), os adultos, na maioria sempre intolerantes e impacientes, procuram outra forma de silenciar as inssurreições, as desobediências: uma pílula, a Ritalina ou Concerta! Há uns trinta anos era o Gardenal. Tive uma colega de trabalho que tinha os olhos enormes, saltados (efeito colateral) e muita mágoa na alma pelo que fizeram com ela. As saídas pérfidas estão aí, há muito tempo, só que agora a sede por dinheiro, a ganância, fez com que alguns ramos da indústria farmacêutica aumentassem o fomento ao consumo, incluindo campanhas dentro das escolas, fazendo com que milhares e milhares de crianças entrassem nesta rota de fuga da realidade.

É hora de rever. De parar. De pensar nas consequências. De trazer mais felicidade para a vida de todos. De otimizar relações de convívio, seja em casa, escola, igreja, comunidade. De reinventar a maneira como se faz Educação. De ampliar conceitos de inclusão e convívio com as diferenças, temas tão alardeados por todos e ainda tão longe de ser uma prática.


Está aqui uma proposta para se debruçar sobre um cenário integrativo, que objetiva evidenciar que as diferenças entre os seres humanos existem para somar, nunca para dividir, que dirá, segregar ou excluir. A dicotomia presente em cada um de nós, onde, de um lado, queremos ser um “igual” conforme os ditames da pressão social, ser um “normal“ – obediente às normas e, assim, sentir-se integrado e incluído em determinados grupos (família, escola, amigos, trabalho, comunidade, etc.); e, por outro lado, e ao mesmo tempo, fazer “de um tudo” para ser (o que naturalmente somos): único, especial, diferente. Essa tentativa de querer mostrar que é único e diferente fica ainda mais forte entre os jovens e se manifesta no jeito especial de falar, a criação de “idiomas” específicos na Internet, gírias que mudam frequentemente, toques exclusivos nas roupas, o corte de cabelo, um estilo próprio de agir, a procura de um hobby radical ou atividade laboral; tudo leva para a diferenciação e o ineditismo. A procura e a conexão com o EU. Então, como assim, querer trabalhar a mente de uma criança para que ela se debruce sem questionar, nem ver mais nada, e apenas faça o seu dever de casa, sente direitinho, coma de um jeito educado, fale baixo e não transmita nada que possa ser interpretado com fora-da-casinha? Todas as invenções e inovações aconteceram quando alguém conseguiu olhar além da moldura!"

Marise Jalowitzki

Felicidades, sempre!

 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br


LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade





SÍNDROME DE IRLEN





Em tempos passados, pais e professores só precisavam se preocupar com o conteúdo ensinado na escola, como se fosse possível a simples transmissão direta de um indivíduo para outro. Hoje, sabe-se que devem ser outras as competências dos adultos, entre elas a habilidade de identificar o que pode estar causando problemas no processo de aprendizagem e nas relações interpessoais. Mesmo assim, quando uma pessoa apresenta dificuldades escolares, elas ainda são frequentemente confundidas como alguém que tem menor capacidade intelectual. O problema real, porém, pode estar em como um indivíduo percebe letras, números e símbolos. 


Entre os distúrbios conhecidos, está a Síndrome de Irlen, uma dificuldade relacionada à manutenção da atenção, compreensão e memorização e à atividade ocular durante a leitura, cuja consequência é um déficit de aprendizado, que pode comprometer também o comportamento individual e as relações sociais. A Síndrome de Irlen – que recebeu o nome da Dra. Helen Irlen, psicóloga americana responsável pela descoberta e pelos estudos internacionais sobre o assunto – ainda é muito pouco difundida no Brasil, apesar de já ser investigada há mais de 25 anos na América do Norte e de haver centros de diagnóstico e tratamento em 42 países. As pesquisas indicam que cerca de 46% das pessoas com dificuldades escolares têm Síndrome de Irlen, condição que afeta pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média e está relacionada à desorganização, no cérebro, das informações recebidas pelo sistema visual.

Sua causa é a sensibilidade a certas ondas de luz, o que provoca, por exemplo, distorções no material de leitura e escrita, resultando em menor qualidade no desempenho escolar e de vida. A SI gera dificuldades nas atividades diárias e escolares, pois produz desfocamento, distorções do material gráfico, inversões de letras, trocas de palavras, perda de linhas no texto, desconforto nos olhos, cansaço, distração, sonolência, dores de cabeça, enxaqueca, hiperatividade, irritabilidade, enjôo e fotofobia, tudo isso após um intervalo relativamente curto de esforço despendido no processamento das informações visuais.




Além das intervenções psicopedagógicas e médicas mais comuns, a utilização do Método Irlen – avaliação do problema e indicação de sobreposições coloridas (transparências de acetato) sobre os textos ou filtros seletivos (lentes coloridas) – ajuda indivíduos com problemas comportamentais, emocionais e com dificuldades escolares, pois melhora a fluência da leitura e a atenção sustentada, resolvendo casos de leitura mais lenta e segmentada, com comprometimento de memorização, compreensão e aprendizagem. No Brasil, um excelente trabalho nesta área tem sido desenvolvido no Hospital de Olhos de Minas Gerais, onde uma equipe multidisciplinar e avaliadores preparados nos cursos de Capacitação em Síndrome de Irlen forma profissionais para identificar portadores dessa síndrome, apresentando-lhes as características da condição, suas consequências e orientando a sua recuperação.

 Pesquisas internacionais indicam que, além das intervenções pedagógicas, psicológicas e médicas usuais, a utilização do Método Irlen ajuda indivíduos com problemas comportamentais e emocionais, dificuldades de aprendizagem, cefaléias, fadiga, fotofobia, enjoo e outras condições clínicas e visuais decorrentes de uma disfunção na área de visão do cérebro.Importante: a avaliação da necessidade de usá-lo é simples, mas deve ser feita por profissionais habilitados, os screeners, palavra em inglês que denomina os avaliadores.

As três fases básicas do Método Irlen são:

Fase 1 - Questionários sobre habilidades acadêmicas e análise do Estresse Visual e Perceptivo: testes da Escala Perceptual de Leitura Irlen (com indicadores de 0-17). Após essa etapa 1, quem apresenta indicadores entre 4-17, que equivalem aos índices moderado e severo da sensibilidade escotópica, prossegue para o procedimento seguinte do Método, que deve ser realizado por profissionais certificados pelo Irlen Institute, no Brasil o Hospital de Olhos de Minas Gerais (Neste portal, ver Materiais e Slides)

Fase 2 - Voltada para a seleção de qual entre 10 (dez) cores de overlay (ou transparência de acetato com coloração especial) é a indicada para cada portador da Síndrome, o avaliador testa o conforto visual e a melhora dos sintomas na leitura colocando cada uma das lâminas coloridas sobre figuras no manual de avaliação. Quando a cor adequada é identificada, será usada por quem tem Síndrome de Irlen, colocando-a sobre o texto que precisar ler. Em alguns casos, uma combinação de cores se faz necessária. (As lâminas coloridas podem ser vistas nas ilustrações da Home, a página principal deste portal.)


Fase 3 - Após a aplicação das duas primeiras etapas, confirmada a condição, o que é possível pela observação da significativa melhora da leitura e da percepção com o uso de lâminas coloridas (colored overlays) sobre figuras e textos, é preciso encaminhar o portador ao Hospital de Olhos de Minas Gerais, Clínica Dr. Ricardo Guimarães, em Belo Horizonte, para ser feito o Diagnóstico Padrão de Leitura Cognitiva - DPLC e o Exame de Neurofisiologia Visual. Esta fase tem o objetivo de conferir se há necessidade da prescrição dos filtros seletivos de uso contínuo (óculos com lentes coloridas especialmente tratadas por um processo feito apenas nos Estados Unidos). Eles serão indicados em casos que necessitem de auxílio constante para melhor desempenho cerebral no processamento da informação visual. (Pessoas com óculos que têm as lentes coloridas ou filtros seletivos podem ser vistas nas ilustrações da Home, a página principal deste portal.)
Como o Método Irlen ajuda indivíduos que têm os problemas comportamentais, emocionais e de aprendizagem decorrentes de um problema conhecido por Síndrome de Irlen, é importante que familiares, educadores e profissionais da saúde se capacitem para serem capazes de identificar portadores dessa síndrome, reconhecendo as características da condição, suas consequências e o que fazer para remediá-la. 



O MÉTODO IRLEN PODE BENEFICIAR PESSOAS COM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS, RELACIONADAS COM A SÍNDROME DE IRLEN:

Alunos com altas habilidades ou de médio rendimento acadêmico, mas com boa capacidade de leitura, que:
• Levam muito tempo para acabar a lição de casa;
• Queixam-se de dores de cabeça, tensão ou cansaço na escola ou quando leem;
• Evitam a leitura ou a leitura por prazer;
• Vão mal em testes cronometrados ou testes padronizados; 
• Não conseguem sustentar tarefas de leitura;
• Leem o começo do capítulo e os resumos ao invés de lerem o capítulo todo; 
• Em sala, apenas escutam a aula, em vez de fazer as atividades de leitura;
• Têm mais facilidade para aprender nas discussões orais do que lendo; 
• Esforçam-se bastante para tirar boas notas, mas são considerados(as) mais brilhantes do que as notas indicam.
 • São considerados preguiçosos ou desmotivados e sempre lhes dizem que poderiam render mais caso se esforçassem mais.- 12%-14% das pessoas com essas características podem ser ajudadas pelo Método.

Pessoas com problemas de leitura em geral, dislexia e dificuldades escolares, para quem: 
• Ler é difícil;
• É comum não conseguir usar bem suas habilidades de leitura; em alguns casos, nem aprender habilidades básicas de leitura;
• Tem problemas de fluência e compreensão da leitura;

- O Método Irlen pode ser benéfico para 46% dessa população.Obs. Além da Síndrome de Irlen, podem ocorrer outros problemas simultâneos, tornando necessárias outras intervenções para a correção.Indivíduos com Déficit de Atenção ou Hiperatividade (TODA/TDAH) que:
• Têm problemas de concentração durante a leitura ou a escrita;
• Distraem-se facilmente quando estão lendo ou escrevendo; ao ler ou escrever;
• Ficam distraídos quando sob luzes fluorescentes;
• Entram em estado de devaneio durante a aula;
• Têm dificuldade de dar início às atividades acadêmicas;
• Não consegue permanecer fazendo tarefas de trabalho acadêmico;

Queixas frequentes de dores de cabeça, enxaqueca e outros sintomas físicos, tais como dores de estômago, tontura e fadiga são sintomas que podem ter uma variedade de causas, mas o uso dos filtros Irlen pode dar alívio a quem apresenta os seguintes problemas:
• Desconforto com a luz solar;
• Desconforto com luzes brilhantes ou luzes fluorescentes;
• Preferência por iluminação fraca;
• Incômodo com a luz de faróis de veículos;
• Incômodo com brilho em geral;
• Desconforto visual ao usar computador;
• Estresse ou tensão com a leitura sustentada;
• Estresse ou tensão em atividades visuais intensivas;
• Dificuldade ao olhar para listras ou xadrez;
• Percepção de algumas cores como sendo mais brilhantes e incômodas;
• Sensação de que dias nebulosos, chuvosos ou com neve são ofuscantes.Indivíduos com grande sensibilidade à luz, que apresentam os seguintes sintomas:
• Incômodo por reflexos, luzes fluorescentes, luzes brilhantes, luz solar e, por vezes, luzes noturnas;
• Sintomas físicos e cansaço, sonolência, tontura, ansiedade e irritabilidade;
• Dores de cabeça, alterações de humor, inquietação ou dificuldade em permanecer focado, especialmente em ambientes com luzes brilhantes ou fluorescentes.

Aproximadamente 50% das pessoas com Autismo e Síndrome de Asperger têm os seguintes tipos de dificuldades, que podem ser minimizadas pelo Método Irlen:
• Olham com uma série de movimentos oculares curtos;
• Parecem estar distantes do seu objetivo visual;
• Mantêm os olhos semicerrados, estrábicos ou olham para baixo;
• Agitam os dedos;
• Olham para os lados;
• Têm pouco contato visual;
• Esfregam e empurra os olhos;
• Ficam hipnotizados por cores, padrões desenhados e luz;
• Têm muita sensibilidade à luz;
• Alteram o comportamento sob luz brilhante ou do sol;
• Pouca noção espacial e corporal;
• Têm dificuldade com degraus e escadas rolantes;
• Têm dificuldade para pegar uma bola que lhes é atirada;
• Apresentam pouca coordenação motora grossa e fina.

Cerca de 70-80% das pessoas que sofrem os problemas advindos de traumatismo craniano, concussões cerebrais, convulsões e tremores têm os seguintes sintomas que podem ser suavizados:
• Problemas de leitura por causa de uma mudança de claridade ou da nitidez da impressão; 
• Comprometimento da atenção sustentada e da concentração, que cria problemas de dificuldade e desconforto ao ler ou fazer outras atividades visuais;
• Sensibilidade à luz, o que torna ficar ao ar livre, em ambientes com iluminação brilhante ou fluorescente e dirigir à noite bastante desconfortável e estressante;
• Dores de cabeça, náuseas, tonturas, ansiedade, irritabilidade ou dores de estômago, cuja gravidade é frequentemente aumentada pela luz solar, iluminação brilhante, leitura e outras atividades visuais intensas;
• Diminuição da percepção de profundidade, o que compromete as relações espaciais e as atividades que exigem a capacidade de julgar profundidade;
• Fadiga generalizada, com a sensação de estar exausto;
• Problemas neurológicos induzidos pela luminosidade, tais como convulsões, tremores ou outros problemas semelhantes.

Fontes:




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