segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Ritalina e a Medicalização da Educação - a barbárie consentida pelos pais



Por Robert Garcia
08.janeiro.2018
https://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2018/01/ritalina-e-medicalizacao-da-educacao.html


Muito se fala em ‘TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade’, assim como a dislexia (distúrbio de aprendizagem) em crianças e jovens. Os “especialistas” médicos e os meios de comunicação tradicionais negam persistentemente estudos de desenvolvimento que estabeleceram que certas diferenças no cuidado e no núcleo familiar causam que algumas crianças sejam impulsivas e hiperativas.
Vejamos, um exemplo, um estudo de dez anos, financiado pelo Governo Federal nos Estados Unidos, relatado na reunião da ‘Sociedade de Pesquisa em Desenvolvimento Infantil’, descobriu que quanto mais tempo as crianças passavam na creche, mais incontroláveis se tornaram.
As crianças que passaram mais de 30 (trinta) horas por semana na creche marcaram significativamente maiores ligações em coisas como: “comportamento explosivo”, “falando demais”, “argumenta muito” e “exige muita atenção” – os próprios comportamentos que muitas vezes levam ao “tratamento” com o estimulante.
Conclusão de Nora Volkow, uma das maiores pesquisadoras sobre o abuso das drogas no mundo, Diretora do Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA):
“A cocaína, que é um dos maiores estimulantes e aditivos das drogas abusadas, tem ações farmacológicas muito semelhantes às do metilfenidato [Ritalina], que é a medicação psicotrópica mais comumente prescrita para crianças nos Estados Unidos.”
Esta conclusão, relatada por Nora Volkow apareceu nos Archives of General Psychiatry em 1995.
Um estudo de acompanhamento, publicado no ‘American Journal of Psychiatry’ em 1998, descobriu que as ações farmacológicas produzidas por via oral (dose “terapêutica”) as doses de ritalina foram comparáveis às produzidas por doses ‘recreativas’ de cocaína intranasal. Mas nós realmente acreditamos que os pais dariam aos seus filhos cocaína, mesmo que fosse apenas em forma de pílula?
Pesquisadores como Volkow demonstraram que o uso continuado de cocaína e outros estimulantes provoca alterações cerebrais. No entanto, nunca esses investigadores investigaram se o uso de estimulantes crônicos pode produzir os mesmos efeitos em crianças – o que obviamente sim, muito pior em crianças.
Enquanto isso, outros pesquisadores apontaram diferenças sutis em certas áreas do cérebro para sugerir que TDAH é uma doença biológica – uma reivindicação repetida no recente episódio da ‘Frontline’. A verdade é que todos esses estudos têm apenas ligação com indivíduos hiperativos que têm levado estimulantes há anos.

Pelo menos um estudo, publicado em 'Psychiatry Research' em 1986, foi honesto em suas descobertas: "uma vez que todo o paciente [TDAH] tinha sido tratado com estimulantes, a atrofia cortical [ie., a deterioração cerebral] pode ser um efeito adverso a longo prazo desse tratamento."
Os estimulantes não são a panaceia que os médicos “especialistas” pregam. Talvez toda essa hipocrisia possa ser desculpada se o "tratamento" estimulante funcionasse de alguma forma, mas não – pelo menos não para as próprias crianças.
Os pais foram encorajados a acreditar que o controle farmacológico aumentará a aprendizagem e as habilidades sociais de seus filhos, mas isso raramente acontecee sempre por determinado tempo. Dezenas de estudos objetivos avaliaram a eficácia a longo prazo de estimulantes no desempenho acadêmico das crianças, desenvolvimento social e autocontrole.
Nenhum mostrou que eles são eficazes para qualquer coisa, exceto controlar o comportamento das crianças – um efeito que desaparece quando a droga deixa de fazer efeito no organismo. Tais estudos raramente fazem as manchetes, no entanto, em vez disso, ouvimos falar de pesquisas dos EUA – "o estudo do MTA" – que dependiam fortemente de relatórios subjetivos de professores e pais, ignorando seus próprios achados objetivos, o que mostrou pouca promessa para o tratamento de drogas.

O MTA foi um estudo projetado para avaliar os principais tratamentos para TDAH, incluindo terapia comportamental, medicamentos e a combinação dos dois. O estudo incluiu quase 600 crianças, de 7 a 9 anos, que foram distribuídas aleatoriamente para um dos quatro modos de tratamento: gestão intensiva de medicamentos sozinho; tratamento comportamental intensivo sozinho; uma combinação de ambos; ou cuidados comunitários de rotina (o grupo de controle).
Fazendo diversas pesquisas, a mídia também encontrou uma cura onde não há uma.
A criança “sossega”, para de viajar, de questionar e tem o comportamento "zombie like" — como a própria medicina define. Ou seja, vira um zumbi — um robô sem emoções. Ao passar dos anos, descobriu-se uma série de efeitos colaterais em seu uso, causando danos irreversíveis ao sistema nervoso central (SNC) e a inteligência dos usuários.
Advogo que a criança deve ter a companhia e atenção dos pais para viver essa turbulência, juntamente com atividades com outras crianças na faixa etária da mesma, terapias (até mesmo com um profissional, não há problema nisso) e alternativas naturais (diversos tipos de chás, ervas e tantos outros fitoterápicos existentes, etc.) assim como a análise para a mudança comportamental completa, ao invés de entrar com drogas como a Ritalina ou qualquer outra substância nociva.

Robert Garcia, pesquisador, fundador e desenvolvedor do PNM – Pornografia? Nunca mais.
Autor do livro: Método PNM. Vencendo o vício pornô – Vol. 1. Edição virtual independente de 2017



Querendo, leia também, neste blog:

Menos pressão. Mais Inovação nos currículos. Mais Amor. Mais Compreensão. Brincar mais. 

O que já sabíamos. Só que os estudos eram 'lá-de-fora', sem maior divulgação por aqui. E, mesmo agora, por que estes resultados não são divulgados com, pelo menos, a mesma intensidade e frequencia que os "anúncios publicitários" pró-metilfenidato? O estudo ficou concluído em 2013!!!


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